A dança no céu anda malcriada e fora de compasso. A Temperança, Arcano XIV, abre a semana clamando para que aceitemos as diferenças cedendo espaço aos outros e, sobretudo, entender que todos temos anseios, medos, esperanças, expectativas e dúvidas.

Pachamama, na linguagem dos nativos peruanos, significa dizer “Mãe Natureza”. Sua crença e religião se baseia na própria natureza e em suas infinitas riquezas extraídas do solo, do ar e também do céu. O povo demonstra, por meio de lindos rituais, sua imensa gratidão pelos alimentos, pelo sol, pelas chuvas e pelo vento, pelo barro e argila, rios, pedras e animais.

Segundo eles, não há nada mais sagrado do que aquilo que é ofertado pelos fenômenos do mundo físico e à vida em geral. O curso das coisas e do próprio universo funciona como uma melodia harmoniosa que encanta, une e inebria a todos. Tanto o vasto mundo animal quanto alguns objetos inanimados têm sua própria voz, lugar e função, e, em nenhuma hipótese, aceitavam alterar sua forma ou permitiam que a espécie humana lhe causasse qualquer dano, por menor que fosse. Sabiam diferenciar exatamente o natural do artificial, reverenciando cada manifestação climática, geológica, material ou energética. Seus templos, ao contrário dos nossos, são abertos e amplos para que a natureza e sua luz se manifestem e interajam da maneira que quiser.

Todos, sem exceção, eram bem-vindos e bem recebidos com as suas diversas oferendas. Os que não possuíam ouro ou prata levavam batatas, milho ou cevada. Tudo era acolhido com alegria e reverência. E é nesta vibe que A Temperança, Arcano XIV, abre a semana clamando para que aceitemos as diferenças cedendo espaço aos outros e, sobretudo, entender que todos temos anseios, medos, esperanças, expectativas e dúvidas. O ato de temperar nos lembra que tudo no mundo acontece por uma razão; toda planta cresce para curar uma doença, todo ser humano é criado com uma missão e tudo tem o seu tempo natural de acontecer.

Estamos num momento delicado do ano. Atitudes, palavras e decisões feitas no calor das emoções podem custar bastante caro e trazer consequências duradouras e bastante difíceis de reparar. Portanto, olho na língua. Evoque com todas as forças sua inteligência emocional, pondere, saia de cena sempre que precisar e pese bem as palavras. Hora de lembrar daquela frase que era ostentada em vermelho, bem no alto e na parte da frente dos antigos meios de transporte e que dizia: “fale com o motorista somente o indispensável”. Esta é a senha, não só da semana, mas de agosto inteiro.

A dança no céu anda malcriada e fora de compasso, os dançarinos estão entrelaçados em pares errados, atravessando o ritmo e pisando desajeitadamente nas bainhas das saias mal-ajambradas e destoando do cenário também mal-acabado e remendado. Procure não se distrair e não entrar nesta roda. O melhor dia da semana será quinta-feira (11): temos uma pequena brecha para entendimentos judiciais, acordos financeiros, vendas, conversas delicadas e, sobretudo, boas oportunidades de resolver pendências e mal-entendidos antigos. Se puder, acorde bem cedo neste dia e faça a vida andar como se não houvesse amanhã.

Sábado (13), o melhor astral para falar de amores e de afetos. Sob este céu, entender que alguém está sofrendo é o melhor presente que podemos lhe dar. A dica é ouvir o outro, deixar que fale o que não está bem e tentar compor. A empatia fará milagres nos próximos dias. Aproveite a terça-feira (9) para negociar caso precise fazer alguma cobrança, seja ela material ou afetiva; neste dia a compreensão e a disposição de ouvir o outro pode fazer algum sucesso. Nos demais, não puxe a corda e evite pressionar as pessoas. Por mais uns dias, ainda veremos a mãe natureza enrugada, então, será prudente evitar lugares e atividades de risco.

Drible o medo do futuro, pois ele encabeçará os males da semana. Incertezas, muitos talvez e poucos sins. Mas veja, ter medo do porvir é, literalmente, ter medo de algo que não existe. Minha avó dizia que o medo e a ansiedade de hoje não resolvem os problemas de amanhã. Eles funcionam apenas para surrupiar o presente e deixar um buraco bem grande no meio do estômago. Dizia, também, que noventa por cento das nossas aflições e pavores jamais se concretizam; quando muito, uns dez por cento e olhe lá.

Repare que as coisas que “dão (ou deram) errado” nem sempre são erradas. Muitas vezes são as linhas tortas tecendo seus bordados para fazer a sua vida dar certo. Parar de se identificar com o passado é libertador e não projetar a felicidade no futuro também. Penso que a tal da ansiedade rima mesmo é com a espera: a expectativa de algo bonito, de um golpe de sorte ou de uma oportunidade caída do céu, um encontro com a pessoa certa ou um impulso milagroso qualquer. O fato é que esperar por um movimento que nunca acontecerá, a menos que você faça algo de concreto para desencadeá-la, só vai insuflar mais a sua ansiedade e, como consequência, a frustração.

Para combatê-la, não vejo outra alternativa senão arriscar. E isto não é um convite para não trabalhar, largar tudo ou desperdiçar suas economias numa semana de prazer, mas sim, apostar um pouco mais naquilo que você quer sem precisar esperar pelas afirmativas e “permissões” alheias. Ir atrás dos seus sonhos e não das pessoas. Não perder a curiosidade e lembrar que seu único limite é você mesma. Deixe ir os medos, as dores e os nãos e fique apenas com o que o te pertence. Não podemos esquecer que o microscópio mostrou aos humanos a sua importância enquanto o telescópio evidenciou sua falta.

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